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A vocação de Santo Agostinho

Em agosto, a Igreja nos convida a refletir sobre as diferentes vocações a serviço do Reino de Deus e da humanidade. Cada ser humano, chamado pelo Pai para desempenhar um papel na História Sagrada de nossa caminhada rumo ao Céu, tem características peculiares e grande responsabilidade diante de sua missão. É preciso ter coragem e determinação para responder ao chamado. Muitos homens e mulheres o fazem com galhardia, tornando-se dignos da honra dos altares. Assim foi a resposta de Santo Agostinho, cuja memória da morte celebramos neste mês.

Aurélio Agostinho, nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, atualmente é Região de Argélia, na África. Foi o primeiro de Patrício, pequeno proprietário de terras, naquela localidade. O pai de Agostinho era pagão. A mãe, no entanto, era cristã devota e, por isso, tornou-se Santa Mônica. Ela lutou para criar seu filho, como cristão, seguidor de Jesus. Para conseguir isso, enfrentou grandes dificuldades. Temendo que o filho, profanasse esse sacramento católico retardou, até quando pode seu batismo. Agostinho saiu de casa, ainda adolescente com dezesseis anos, para estudar. Era um rapaz irrequieto e muito ativo. Logo cedo conheceu e se atrelou à heresia maniqueísta, que pregava o dualismo sincretista gnóstico, afirmando a existência de um conflito cósmico entre o bem e o mal, a luz e as trevas. Também, nesse período se envolveu e passou a conviver com uma moça, que lhe deu o filho Adeodato. Agostinho possuía uma inteligência fora do comum e, por sua inquietude, estava sempre às voltas com suas paixões e, por isso, tomava atitudes sempre contrárias ao que ensinava sua mãe. Posteriormente, dedicou-se, com afinco, aos estudos. Formou-se em retórica, tornando-se brilhante orador, escritor, poeta e filósofo. Mais tarde foi morar em Roma, onde fundou uma escola de retórica, com a finalidade de ensinar oratória. Com isso foi convidado para lecionar retórica e gramática na cidade de Milão. Somente aceitou o convite para ser professor naquela cidade, porque deseja ficar perto do Bispo Santo Ambrósio, que na época era orador renomado e grande poeta, do qual Agostinho era grande admirador. Interessava-se por seus sermões, por sua retórica, pelo teor literário de seu discurso, fundo filosófico e pela profunda doutrina que ensinava. Convertido pelas pregações do Bispo passou a combater o maniqueísmo e as demais heresias da época. Depois de sua conversão recebeu, juntamente com o filho Adeodato, ele com trinta e três anos e o filho com quinze, o sacramento do Batismo pelas mãos de Dom Ambrósio.

Nos anos seguintes, Agostinho passou por inúmeras provações. Primeiro, o filho veio a falecer precocemente. Resolveu voltar com sua mãe para a terra natal. E, chegando ao porto de Óstia, ela também faleceu. Após enterrar a genitora, seguiu sua viagem e, chegando à Cidade de Tegaste, na África, resolveu abraçar a vocação à vida religiosa. Juntamente com alguns amigos fundou uma comunidade monástica, criando regras que deram origem a diversas outras ordens masculinas e femininas. O bispo daquela região o convidou para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava em idade avançada. Para isso, ele o ordenou sacerdote. Após a sua morte, Agostinho foi aclamado pelo povo como bispo de Hipona e permaneceu naquela diocese por trinta e quatro anos. Foi denominado pai dos pobres, por seu espírito de imensa caridade. Defensor ferrenho da doutrina cristã. Homem de profunda espiritualidade. Filósofo e profundo teólogo, deixou admirável e vasta obra escrita, que serviu de luz aos estudiosos da época e de tempos vindouros. Faleceu aos 76 anos, em 28 de agosto de 430. Quase trezentos anos depois da morte seu foi transferido à Pavia, Itália e conservado na Igreja São Pedro do Céu de Ouro, perto de onde se convertera. Santo Agostinho é Doutor da Igreja.

Amani Spachinski de Oliveira
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